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— As ideias não têm lugar próprio. Quando materializadas em livro, saem do contexto onde foram elaboradas e circulam por diferentes lugares, onde são recebidas e reinterpretadas. O estudo da recepção da sociologia alemã que a autora apresenta neste livro objetiva "conhecer a lógica que define a leitura, a apropriação e a reelaboração de idéias provenientes daquela tradição de pensamento, uma vez que tal lógica informa sobre a identidade cognitiva da sociologia brasileira". Professora de sociologia da UFRJ e pesquisadora do CNPq, Glaucia Villas Bôas reúne aqui ensaios sobre Max Weber, Karl Mannheim, Emilio Willems e Werner Sombart, entre outros, com o propósito de questionar os cânones da sociologia das idéias.
— Advogado, jornalista, empresário, articulista e conferencista, ex-deputado federal constituinte (1987-1989), relator do Código de Defesa do Consumidor e membro da Academia de Letras da Bahia, o autor de Anatomia do ódio, A inveja nossa de cada dia e A força da vocação no desenvolvimento das pessoas e dos povos, entre outros títulos, dedica-se agora a analisar em profundidade os mais graves problemas brasileiros, todos, segundo ele, derivados “de nosso deficiente e desigual sistema educacional”. Além da educação, neste ensaio brilhante Joaci Góes fala sobre saúde, segurança pública, corrupção, impunidade, infraestrutura e pluripartidarismo. Com prefácio do ministro aposentado do STF Carlos Ayres Britto e apresentação do jornalista, poeta e escritor José Nêumanne Pinto.
— Jurista, sociólogo, membro da Academia Brasileira de Letras, Evaristo de Moraes Filho faz aqui um minucioso exame da obra do político, escritor e jornalista Aureliano Candido Tavares Bastos (Cidade de Alagoas, 1839- Nice, 1875), um partidário do liberalismo, influenciado por pensadores como John Stuart Mill, Alexis de Tocqueville e Alexander Hamilton, que defendia ardorosamente a separação entre Igreja e Estado. Neste ensaio primoroso, mestre Evaristo pôs ênfase especial no “social-liberalismo” de Tavares Bastos, autor das admiráveis Cartas do solitário, que Oliveira Lima definiu como “um publicista de vistas ousadas, falecido na flor da idade [36 anos], e que, entretanto, agitou em nosso país mais ideias que nenhum outro”. Segunda edição revista e aumentada.
— Em seu livro de estreia, o ensaísta e diplomata mineiro Luiz Feldman – mestre em relações internacionais pela PUC/RJ e professor assistente de leituras brasileiras no Instituto Rio Branco – propõe nova interpretação de um dos grandes clássicos do pensamento nacional, Raízes do Brasil. O autor analisa com fineza a pouco conhecida edição original, publicada por Sérgio Buarque de Holanda em 1936, e argumenta que o livro célebre só adquiriu o caráter progressista que lhe é amplamente atribuído após uma série de mudanças no texto para a segunda e terceira edições, de 1948 e 1956. Ao reconstituir a formulação dos principais enunciados de Raízes do Brasil, sua recepção nos meios intelectuais da época e sua transformação nas décadas seguintes, este ensaio apresenta uma importante reflexão sobre o significado do livro de Sérgio Buarque, que completa 80 anos em 2016; e não só lança luz sobre seus anos iniciais como ajuda a elucidar os dilemas da versão definitiva de um clássico que segue desafiando gerações de leitores. Com prefácio do cientista social Robert Wegner e apresentação do historiador José Murilo de Carvalho.
— Ao empreender leitura sistemática dos cerca de 250 artigos e ensaios de Otto Maria Carpeaux editados durante mais de três décadas de atividade no Brasil, Mauro Ventura, doutor em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, lança luz sobre período importante da vida do intelectual austríaco-brasileiro — os anos de formação na Viena das décadas de 20 e 30 — ampliando a compreensão de sua obra, até então circunscrita à fase brasileira. Ensaio que combina crítica literária e história sóciocultural, De Karpfen a Carpeaux examina as rupturas e as linhas de continuidade deste verdadeiro twice born: de jovem ideólogo nos anos 1920-30, que lutou até o último momento pela independência de seu país, a ensaísta e historiador que influenciou de forma marcante os estudos literários no Brasil.
— No texto introdutório de 82 páginas intitulado “Glória e agonia do soneto” – a que se seguem 146 magníficos sonetos de sua lavra – o poeta, jornalista e crítico literário baiano reafirma suas qualidades de pesquisador. Ao mesmo tempo, evidencia a importância da poesia, mostrando-a associada aos momentos de alegria e de tristeza, às práticas de trabalho e do quotidiano, às manifestações do misticismo e da religião, à luta política contra a opressão, e até mesmo na guerra, como instrumento de combate ao militarismo e à tirania. Neste livro, que tem como subtítulo Teoria e prática do soneto, Teixeira Gomes também analisa a função da rima, da estrofe, o prestígio do decassílabo, o apogeu e o declínio do soneto, o uso do verso livre e o papel das vanguardas. Já os sonetos se incluem numa tradição que ele iniciou com Ciclo Imaginário, doze sonetos dedicados aos meses do ano (1975). Entre a sua produção poética destacam-se, igualmente, O Domador de Gafanhotos (1976) e A Esfinge Contemplada (1988). Como crítico literário, publicou Camões Contestador (1978) e A Tempestade Engarrafada (1995). Contista, é de sua autoria O Telefone dos Mortos (Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1997). Lançou também o romance histórico Assassinos da Liberdade (2008) e a biografia Glauber Rocha, esse vulcão (1997).
— Última reunião de ensaios literários do renomado poeta, ensaísta e tradutor paulista José Paulo Paes (1926-1998), trata de temas que vão da prosa de Dalton Trevisan à futurologia de Bill Gates, passando por R. Kipling, E. M. Forster, Edwin Muir, Simone Weil, Rubem Fonseca, Lygia Fagundes Telles, Per Johns e Moacyr Scliar. São 38 estudos críticos, distribuídos em três seções: Outridades, Circunstancialidades e Helenidades.
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