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DOIS MEGAPOETAS NORDESTINOS, DUAS GRANDES VOZES QUE SE CALAM
Marcus Accioly / foto:
Vinicius Lubambo |
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Em outubro deste ano, o Brasil perdeu, num espaço de apenas 48 horas, dois poetas muito especiais: o pernambucano Marcus Accioly (21/01/1943 a 21/10/2017) e o cearense Pedro Lyra (28/02/1945 a 23/10/2017). Eles eram amigos, e chegaram a escrever sobre a obra um do outro. Ambos tiveram livros editados pela TOPBOOKS, e num deles – sobre a poesia da Geração-60 – o poeta do Ceará, autor do livro, incluiu o colega de Pernambuco. Prestamos aqui nossa homenagem a esses dois grandes intelectuais que ajudaram a enobrecer o catálogo da editora e nos honraram com sua amizade. Veja aqui um resumo que preparamos sobre cada um desses escritores e críticos literários. Na imprensa, destacamos as matérias publicadas sobre Accioly na Folha de S. Paulo, O Globo e Jornal do Commercio (Recife). Já no que se refere a Lyra, saiba mais pelo Jornal do Brasil, O Povo (Fortaleza) e Diário do Nordeste (Fortaleza). |
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Pedro Lyra / foto:
Kleber A. Gonçalves
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VASCO MARIZ E ANTONIO VENTURA
Antonio Ventura |
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No mês de junho perdemos dois ótimos escritores, dois amigos muito especiais que também eram nossos editados: o historiador, musicólogo e diplomata Vasco Mariz (Rio de Janeiro, 22/01/1921 a 16/06/2017) e o poeta e juiz de Direito Antonio Ventura (Ribeirão Preto, 06/06/1948 a 24/06/2017). O carioca Mariz deixou várias obras importantes nas áreas de história, música e diplomacia, três delas lançadas pela TOPBOOKS, que também publicou três livros de poesia do paulista Ventura.
Veja o que saiu na imprensa por ocasião da morte do embaixador Vasco Mariz e saiba mais sobre os livros de sua autoria que editamos em 2007, 2008 e 2016, inclusive a resenha de La Ravardière e a França Equinocial pela historiadora Mary del Priore. Também está disponível aqui o texto comovente do poeta Carlos Nejar, da ABL, sobre Antonio Ventura, além de mais informações sobre a poesia recolhida em O catador de palavras (2011), O guardador de abismos (2014) e A educação pelo abismo (2016). |
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Vasco Mariz |
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FERREIRA GULLAR, UM INTELECTUAL LÚCIDO, COMBATIVO E MULTIMÍDIA
O maranhense Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira (São Luís, 1930 – Rio de Janeiro, 2016), foi um de nossos maiores poetas, além de ensaísta, artista plástico, crítico de artes, memorialista, autor de teatro, roteirista de telenovelas, colunista de jornal, teórico de vanguarda e polemista. Um dos fundadores do movimento neoconcretista, ocupava desde dezembro de 2014 a cadeira 37 da ABL, e podemos dizer que deixou sua marca em todas as áreas de nossa cultura.
Em 2015, comemorando os 25 anos de fundação da TOPBOOKS, a editora produziu um livro de arte para expor outra faceta desse multitalentoso intelectual que nos deixou no dia 4 de dezembro de 2016. Com edição limitada de apenas 300 exemplares numerados, CANCIONEIRO traz 13 letras de música escritas por Gullar e ilustradas por xilogravuras do artista plástico Ciro Fernandes, reunidos pelo poeta Antonio Carlos Secchin com ajuda do gullariano Augusto Sérgio Bastos. Saiba mais.
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EVARISTO DE MORAES FILHO - UM INTELECTUAL HUMANISTA
Membro da Academia Brasileira de Letras, onde sucedeu a Alceu Amoroso Lima, Evaristo de Moraes Filho (1914-2016) escreveu sobre Sílvio Romero, Tavares Bastos, Ruy Barbosa, Tobias Barreto, Marcel Proust, Augusto Comte, Georg Simmel e diversos outros autores nacionais e estrangeiros, sempre com elegância estilística e erudição. Homem generoso, bem-humorado, alheio a patotas, honrado e destemido, ele merece o nosso aplauso e admiração.
A TOPBOOKS, que editou seu clássico estudo sobre Tavares Bastos (clique aqui para saber mais), também teve a alegria de lançar um livro em sua homenagem – “Evaristo de Moraes Filho, um intelectual humanista”, organizado por Elina Pessanha, Glaucia Villas Bôas e Regina Lúcia Morel – que desde então vem sendo fonte de referência obrigatória sobre a vida e a obra do grande espírito que acaba de nos deixar. Leia mais sobre este livro. Outras informações no site da Academia Brasileira de Letras e no texto do acadêmico Marco Lucchesi.
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LUIZ PAULO HORTA
- UM CRONISTA PERSUASIVO E CORDIAL
Ele era jornalista, escritor, pianista
e acadêmico. Carioca de 14 de agosto de 1943,
chegou a estudar Direito na PUC/RJ mas abandonou o curso
para e
dedicar ao jornalismo, iniciado nas páginas do
Correio da Manhã. Após longa passagem
pelo Jornal do Brasil, mudou-se para O Globo,
onde mantinha uma respeitada coluna de crítica
musical. Católico fervoroso, escrevia e falava
sobre religião — seu último trabalho
nessa área foi a análise da Jornada Mundial
da Juventude, que acompanhou diariamente; no entanto,
como disse Carlos Heitor Cony, “nunca resvalou
para o proselitismo”. Ocupante da cadeira 23 da
Academia Brasileira de Letras, Luiz Paulo Horta,
que também fundou e dirigiu a seção
de música do Museu de Arte Moderna do Rio e um
grupo de estudos bíblicos no Centro Loyola da
PUC/RJ, morreu vitimado por um infarto no dia 3 de agosto
de 2013, em meio aos preparativos para a festa de seus
70 anos. Em seu livro de crônicas À
procura de um cânone, que a TOPBOOKS
editou em 2009, ele escreveu sobre éticas, políticas,
religião, música e pessoas. No prefácio,
o jornalista Ivan Junqueira, seu colega na ABL, destacou
que Luiz Paulo “jamais agride o leitor ou dele
desdenha: antes o convida para uma conversa cordial
e bem-humorada, para uma hábil (e, não
raro, persuasiva) exposição de motivos,
para um convívio (...) com as ideias e os sentimentos
de que se nutre o homem do nosso e de todos os tempos”.
Leia o texto
de Cony na Folha de S. Paulo.
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LÊDO
IVO - UM DOS EXPOENTES DA GERAÇÃO DE 45
O Brasil perdeu, em dezembro de 2012, um de seus maiores
poetas. A editora TOPBOOKS
perdeu um dos mais importantes autores de seu catálogo
e – pior de tudo – um grande amigo. Hiperativo,
espirituoso, de incrível agilidade física
e mental, Lêdo Ivo tinha total domínio
da língua portuguesa e, além de dotado
de uma veia poética especialíssima, também
deixou obras de alta qualidade nas áreas de ensaio,
memória e romance. Veja
aqui o texto emocionado que o poeta e crítico
literário Antonio Carlos Secchin leu na Academia
Brasileira de Letras, dia 10 de janeiro de 2013, na
Sessão da Saudade em que os acadêmicos
homenagearam o confrade morto. Dele a TOPBOOKS
editou três livros de poemas: Curral de Peixe,
Plenilúnio e, nas comemorações
dos 80 anos, sua Poesia Completa, com mais de
mil páginas; publicou ainda um romance (Ninho
de cobras), uma coletânea de ensaios (A
república da desilusão) e um livro
de memórias com caderno de fotos de 16 páginas
(Confissões de um poeta). Para completar,
foi lançado um importante livro de crítica
literária da dramaturga Leila Míccolis,
que escolheu como tema de sua pesquisa de doutorado
o poema “Passagem de Calabar”, de Lêdo
Ivo.
Leia o Obituário de Lêdo Ivo clicando
aqui. E veja matéria recente (junho de 2016) sobre o livro Confissões de um poeta no semanário espanhol El Cultural.
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WILSON
MARTINS
Wilson Martins ignorava as palavras
de ordem do momento e se dedicava a uma opinião
independente sobre as obras, desmistificando a idéia
de que a crítica é uma arte técnica,
científica, impessoal. Tratando de um livro de
Laís Corrêa de Araújo sobre Murilo
Mendes, obra em que ele e outros são negados
pela ensaísta, Wilson exercita sua inteligência:
"Há uma razão para meus equívocos:
é que aquelas mal-afortunadas palavras (um texto
seu sobre Murilo Mendes) exprimiam 'nada mais do que
uma opinião, realmente', o que me deixa perplexo
e satisfeito ao mesmo tempo. De fato, os julgamentos
críticos são feitos de opiniões:
as minhas, as de Laís Corrêa de Araújo
e as dos que vieram cometendo erros e acertos ao longo
dos séculos".
Leia o Obituário de Wilson
Martins clicando
aqui.
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EDUCAR
NÃO É DOMESTICAR
Falecido em 27 de junho de 2007,
o poeta e professor Bruno Tolentino concedeu à
revista Educação aquela que, provavelmente,
foi sua última entrevista. Com a veia de polemista
ainda bem viva, desancou a tradição francófila
da USP e criticou a educação que visa
a domesticar. Para ler a entrevista completa, clique
aqui.
Vencedor de dois Prêmios Jabuti,
um dos mais importantes da literatura brasileira, Tolentino
está entre os dez finalistas da edição
de 2007, na categoria poesia, por A imitação
do amanhecer. Ele é autor de outros dois
livros vencedores deste prêmio: O mundo como
idéia (2003) e As horas de Katharina
(1995).
Leia o Obituário de Tolentino
clicando
aqui.
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DEZ
ANOS SEM JOSÉ GUILHERME MERQUIOR
Mesa-redonda realizada no dia 4 de
outubro de 2001
Participantes: Acadêmicos Eduardo
Portella e Sergio Paulo Rouanet, Antonio Gomes Pena,
José Mario Pereira e Leandro Konder
Passados 10 anos da morte de José
Guilherme Merquior é sintomática a ausência de estudos
monográficos, já não digo sobre a totalidade mas sobre
aspectos específicos de sua obra. Merquior tem sido
objeto - salvo raras exceções - de leituras apressadas,
em geral tendenciosas, e que procuram ligá-lo ao que
se convencionou chamar a "direita" brasileira. (Lembro,
porém, que neste momento pelo menos uma tese está sendo
escrita no exterior - a de Milton Tosto, sob a orientação
de Quentin Skinner - sobre o liberalismo de Merquior).
Leia
mais...
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ALFONSO
REYES "Lendo algumas páginas
num dia, e noutro também, ao cabo de um punhado
de anos terminei os 23 tomos das Obras Completas
de Alfonso Reyes (1889-1959), publicadas pelo Fundo
de Cultura Econômica. Nem na Espanha, nem na América
Latina existem mais polígrafos dessa envergadura.
Como Ortega y Gasset, Pedro Henríquez Ureza
ou Francisco García Calderón, Alfonso
Reyes tentou ler tudo e escrever sobre tudo, possuído,
ao longo de uma vida intensa, viajada, diplomática,
acadêmica, jornalística e social, por uma
paixão pela cultura e um espírito generoso
que imprimiram em todos os seus escritos uma fisionomia
inconfundível de elegância e sã
humanidade".
Assim começa o artigo do escritor peruano Mario
Vargas Llosa sobre o grande mexicano Alfonso Reyes,
que morou no Rio de Janeiro, como embaixador do México,
na década de 30, quando conviveu com políticos,
escritores e artistas do porte de Carlos Lacerda, Mário
de Andrade, Oswald de Andrade, Portinari, Cícero
Dias, Di Cavalcanti, Manuel Bandeira, Ronald de Carvalho
e Cecília Meireles.
Sobre ele, a TOPBOOKS
editou o livro Alfonso Reyes e o Brasil, de Fred
P. Ellison, que você pode conhecer melhor clicando
na capa ao lado. Para ler a íntegra do artigo
de Vargas Llosa, clique
aqui.
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UM
AMANTE DA ARTE, OBCECADO PELO TRABALHO
Em 1992, o editor José
Mario Pereira surpreendeu o jornalista Roberto Marinho
– de quem no mesmo ano editou, pela TOPBOOKS,
o livro Uma trajetória liberal (já
esgotado) – com um presente inusitado.
Depois de vários
almoços com o presidente das Organizações
Globo e de encontros informais, seja no escritório
do jornal ou na Rede Globo, José Mario foi montando
uma entrevista, com o objetivo de retratar Roberto Marinho
da forma a mais humana possível.
Leia mais, clicando
aqui.
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