— Advogado, doutor em Direito pela PUC/SP, presidente do PMDB, três vezes presidente da Câmara dos Deputados, vice-presidente de janeiro de 2011 a maio de 2016, quando se tornou presidente do Brasil, o paulista Michel Temer (Tietê, 23 de setembro de 1940) é autor de Constituição e Política, Territórios Federais nas Constituições Brasileiras, Democracia e Cidadania, Seus Direitos na Constituinte e Elementos do Direito Constitucional, este último com mais de 250 mil exemplares vendidos. Agora ele revela um outro lado: sua poesia, escrita em guardanapos de papel nas viagens aéreas entre Brasília e São Paulo. Alguns dentre os 120 poemas são dedicados a pessoas (“A Álvares de Azevedo”, “Afif”, “Tamer”, “Edu”, “Bergman e Antonioni”); outros expõem emoções e histórias íntimas. Na nota introdutória, o autor explica que, ao criá-los, “deixava a arena árida da política e me entregava, durante o voo, a pensamentos. (...) Cada escrito (...) me dava a sensação de retorno aos meus 15, 16 anos – época em que sonhava ser escritor”. Para o acadêmico Carlos Nejar, não está aqui o insigne jurista, e sim “uma sensibilidade que ilumina a inteligência ‘no reino das palavras’, o plural singular de um ‘Outro’ – o ‘Outro’ que o argentino universal Borges insistia em transfigurar”. Com belas ilustrações do pintor, gravador e desenhista paraibano Ciro Fernandes, e prefácio do jurista sergipano, também poeta, Carlos Ayres Britto, ex-presidente do STF.
|