— Concebido a partir dos primeiros guias de viagem do Rio de Janeiro, publicados entre 1873 e 1939, este belo livro, com 48 páginas a cores e mais de 100 ilustrações, percorre a construção histórica e cultural do que já foi – ou ainda é – considerado atrativo para os visitantes da cidade. Numa época em que não havia a estátua do Cristo Redentor no alto do Corcovado nem o bondinho do Pão de Açúcar, praia era lugar ermo destinado a pessoas doentes e sequer existia o termo “turista”, os viajantes vestiam suas melhores roupas para fazer excursões ao Teatro Municipal, e saíam em campo para conhecer praças, jardins e reservatórios de água (por conta de beleza da vista lá de cima), visitar os mais refinados hotéis do Centro ou explorar a riqueza arquitetônica dos túmulos no cemitério. Produto da tese de doutoramento em História, Política e Bens Culturais defendida na Fundação Getulio Vargas pela autora, a designer gráfica e historiadora Isabella Perrotta, a obra foi escolhida pela Secretaria Municipal de Cultura para integrar a Biblioteca Rio450 anos, cujos títulos abarcam “temas que ajudam a compreender a tão consagrada carioquice”, como explica o prefeito Eduardo Paes no prefácio.
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