NASCE UM POETA
Temer: poemas escritos em guardanapos de
papel nos voos Brasília - São Paulo
Nos dois últimos meses, Michel
Temer, vice-presidente da República, manteve agenda secreta
permanente: acompanhou a produção de Anônima
Intimidade (Topbooks, 165 pgs.), que chegará às
livrarias em meados de janeiro e no qual exercita sua veia poética.
O livro foi escrito nos últimos anos em
guardanapos de papel que o discreto Temer recolhia nos voos Brasília/São
Paulo. São 120 poemas, em geral curtos, onde política
não entra. Há espaço para melancolia (Acumulam-se/Em
mim/Séculos de dor), versos de amor (Assim /Louco/
Vou à procura/ De ti/ Do teu querer/ Do amor/ Da entrega/
No ato/ E fora dele/ Desatino-me…), e toques mais apimentados
(Dança/ Requebra/ Solta seu corpo/ Rebola/ Mexe cada músculo).
Um dos poemas, com apenas dois versos, se não
foi feito em homenagem a Lula, parece urdido sob medida: “Eu
não sabia/Eu juro que não sabia!”
Coluna Radar (Lauro Jardim)
Revista VEJA
15/12/2012
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