PRAIA PROVISÓRIA
"Adriano Espínola, com efeito, se
reapropria da tradição modernista pela reivindicação
exuberante de um tropicalismo verbalmente dinâmico e carnavalização
do cotidiano. Nele, não há mais distanciamento nem
tampouco respeito para com os valores poéticos tradicionais.
O trabalho poético se faz no instante presente, através
de visões sucessivas, como as que governam o poema Táxi".
Catherine Dumas ("Les avant-gardes
poétiques brésiliennes des anées 50 aux années
80") in Revue des Langues Romanes, Paris, 1996
"Apesar de bastante conhecido entre os críticos,
Adriano Espínola ainda é virtualmente desconhecido
do público em geral, mas ele é um definitivo must
para quem se interessa pela alta cultura poética. Neste
livro [O lote clandestino], demonstra que sua poesia é
verdadeiramente universal".
Glauco Ortolano ("The best
brazilian poetry of the last ten years") in
World Literature Today Magazine, University
of Oklahoma, 2002
"Adriano Espínola é o poeta
da cidade e sua vertigem, que também empresta sua palavra
aos desvalidos. Cultor de uma poesia inquietante multifacetada,
marcadamente original, feita de imagens e ritmos múltiplos".
Domício Proença Filho,
2006
"Com O lote clandestino, Adriano
Espínola, poeta de fundas leituras, propõe, por assim
dizer, a demonstração desses princípios [fazer
poemas com "idéias poéticas"] no quadro-negro.
(...) É a poesia literária no sentido literal, quase
um caderno de leitura ou exercícios de solfejo, se não
for o ressurgimento da poesia coletiva, esparsa em tantos poemas
nas mais diversas línguas, nos ecos irrecusáveis de
tantos versos que ficaram cantando na memória".
Wilson Martins in O Globo,
RJ, 2002
"No universo de banalidades que se autodeclaram
poéticas, O lote clandestino é jóia
rara, a merecer dos leitores o esforço de procurar (...)
esse maestro de dissonâncias".
Cyana Leahy in Jornal
do Brasil, RJ, 2003
"Adriano Espínola se evidencia pelo
élan dionisíaco, pela poética de amplo fôlego
e acurada realização, que atravessa obras tais como
Táxie Metrô, capaz, entretanto, de
se transformar em um lírico contido na elaboração
das formas fixas, como se observa em Beira-Sol".
Antônio Carlos Secchin in
Giovanni Ricciardi, Scrittori Brasiliani, Nápoles,
2003
"Adriano Espínola, a partir de Táxi
(1986), passou a integrar um dos momentos mais intensos e importantes
de nossa literatura contemporânea ainda com Metrô
(1993) e Beira-Sol (1997)".
André Seffrin in
Entrelivros, São Paulo, set. 2006
"Espínola é um autor que se
apropria de diferentes formas e dicções poéticas
(...) Entretanto, existe uma motivação de fundo para
essa poética feita de mutações: ele é
um escritor que está sempre testando as diferentes possibilidades
de ver as coisas. (...) Escritor essencialmente urbano, faz da multiplicação
de poéticas uma forma de dar conta da pluralidade de experiências
que caracteriza a vida na cidade".
Manuel da Costa Pinto in Antologia
comentada da poesia brasileira do século 21,São
Paulo, 2006
"Adriano Espínola é um mestre
consumado do verso, seja livre ou medido, rimado ou branco. (...)
Por não temer o peso literário do passado, Espínola
consegue inovar, no tocante ao tema clássico da viagem, presente
desde Homero e Virgílio, resgatando a originária condição
do poeta de fundador de cidades".
Ricardo Vieira Lima in
O Globo, RJ, 2004 |