O AMANHÃ ACONTECEU
A narrativa singular e extremamente bem
conduzida é característica marcante do livro O
AMANHÃ ACONTECEU, primeiro romance do poeta cearense
Ary Albuquerque. A trama se passa predominantemente no período
1920/1946 e tem como protagonista Igor, jovem fortalezense bem formado,
inteligente e querido de todos por sua cortesia e ética.
Num verão, Igor conhece Cinthya, linda
moça de tradicional família paulistana, e se apaixonam.
A relação, no entanto, é curta porque o jovem
viaja para os Estados Unidos com o propósito de avançar
em seus estudos. Apesar do sofrimento da separação,
os dois prometem se reencontrar um dia.
Durante sua estada no país americano,
Igor cativa novos amigos e desperta grandes paixões. O romance
retrata um período histórico importante: a entrada
dos EUA na Segunda Guerra Mundial após o ataque da marinha
imperial japonesa à base norte-americana de Pearl Harbor;
o protagonista então se engajará como voluntário
do exército americano.
Intrigante durante todo o livro é o suspense
causado por um envelope, contendo uma mensagem, entregue por seu
padrinho antes de sua partida para os Estados Unidos, com a recomendação
de que Igor só o abrisse em caso de extremo perigo. Outra
característica interessante da trama é a incorporação
de protagonistas reais, bem conhecidos, na época, nos campos
do direito, da política, do comércio, da indústria,
das artes, da imprensa e da literatura, no Brasil e dos Estados
Unidos.
Escrita em linguagem clara e vertical, com personagens
bem caracterizados, descrição minuciosa e elegante
dos cenários e perfeito ritmo da narrativa, O amanhã
aconteceu cativa o leitor da primeira à última
página.
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ARY ALBUQUERQUE nasceu em Fortaleza, Ceará.
Bacharel em administração de empresas e em ciências
contábeis, possui cursos nas áreas de psicologia aplicada
ao trabalho e mercado de capitais. Membro da Associação
Cearense de Imprensa há mais de 30 anos, é colaborador
de O Povo, um dos mais tradicionais jornais cearenses. Industrial,
associado à Federação das Indústrias
do Estado do Ceará (FIEC) e vice-presidente do Sindiverde
- Sindicato das Indústrias de Reciclagem do Estado do Ceará,
Albuquerque é um ambientalista convicto, tendo participado
de eventos e ministrado palestras sobre reciclagem de plásticos
em várias capitais do Brasil. Contista e membro fundador
da Fundação Amigos do Theatro José de Alencar,
o escritor pertence à Associação Brasileira
de Escritores, com sede em São Paulo. Possui trabalhos publicados
nas revistas Literatura (CE), Revista da Literatura Brasileira
(SP) e Revista do Escritor (UBE-SP). Poeta, publicou três
livros: Dizem que poeta fui um dia, Tríade poética
e Momentos divididos. Letrista de músicas em parceria
com Nonato Luis (violinista), Calé (cantor e compositor)
e Edílson Boina (músico), Ary agora excursiona pelo
romance, sua mais nova experiência literária.
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