CONVERSANDO COM LYGIA - www.cartasresenhasbilhetes.etc
Desde criança tive paixão por livros.
Menina, me apaixonei por Machado ao ler Helena. Com Lygia
se deu o mesmo: fui desvendando um a um os seus livros, e em cada
página escrevendo, nas bordas, entrelinhas e vazios, a minha
leitura e sentimentos. Um dia criei coragem e lhe enviei a resenha
de um livro seu. Ela me retornou assim: ”Li a resenha que
você escreveu sobre A Casa da Madrinha, que –
nada de admirar! – me deixou contente, não só
pelas palavras amigas com que você se refere ao meu trabalho,
como também por tomar conhecimento deste teu novo (novo?)
talento: o de resenhista...”.
Suas palavras me fizeram debruçar sobre
sua obra. Com o ponto final, entreguei a ela os originais deste
livro, num encontro na Fundação Cultural Casa Lygia
Bojunga. Seis meses depois, ela me telefona, dizendo: “Desculpe,
pedi o seu telefone a Ninfa, não queria que pensasse que
não me importei com o seu livro. Estava em Londres e li em
dois dias. Você sabe, sou muito ciumenta dos meus personagens,
mas gostei. Você conhece muito a minha obra e o livro é
criativo e original”. Então me autorizou a publicar,
e me desejou um destino feliz ao texto.
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