DEZ ANOS SEM JOSÉ GUILHERME MERQUIOR (continuação)
Mesa-redonda realizada no dia 4 de outubro de
2001
Participantes: Acadêmicos Eduardo Portella e
Sergio Paulo Rouanet, Antonio Gomes Pena, José Mario Pereira e Leandro
Konder
Em meados dos anos 80 Merquior abriu fogo contra
a psicanálise como método terapêutico. Seus artigos - quase todos
depois incorporados ao livro As idéias e as formas - provocaram
uma viva desaprovação dos membros da comunidade psicanalítica. Seu
debate público com psicanalistas como Eduardo Mascarenhas e Hélio
Pellegrino eram comentados até na praia de Ipanema. Num programa
de televisão, Mascarenhas mostrou o livro As idéias e as formas
e acusou Merquior de praticar "terrorismo bibliográfico" diante
da quantidade de nomes - que se dera ao trabalho de contar - no
índice onomástico do livro. Quem, razoavelmente inteligente, pode
encarar como defeito a decisão de um intelectual sério de fornecer
ao leitor suas fontes de pesquisa? Naquela época, porém, esse argumento
não era sequer ventilado.
Até que ponto Merquior tem razão quando nega
o estatuto científico da psicanálise? Até onde ele não está sendo
unilateral em sua crítica a Freud? Terá Ernst Gellner, o teórico
do nacionalismo, seu orientador na London School of Economics -
e autor também de O Movimento Psicanalítico (1985), um implacável
enfrentamento crítico da psicanálise - mais que Carl Popper, influenciado
essa sua tomada de posição?
Na verdade, a dificuldade de Merquior com Freud
já é perceptível no primeiro livro, Razão do poema, de 1965.
Na seção II da Segunda Parte do volume, intitulada "As relações
da antropologia com a psicanálise e a psicologia social", se lê:
"Os contatos entre a antropologia e a psicanálise
foram, em seu começo, marcados pela hostilidade dos antropólogos
às generalizações freudianas tipo Totem e Tabu (1913), onde
a "explicação" da cultura em termos de impulsos da libido não podia
resistir à seriedade crítica. Ainda por cima, Freud extraiu a maior
parte de seu material antropológico, de maneira freqüentemente ingênua,
do evolucionismo e da antropologia de "gabinete" do século XIX e
dos inícios do atual: de Spencer e Wundt, de McLennan e Taylor,
de Lang e, sobretudo, de Frazer. Em tais condições, o prazer bem
maligno de Malinowski, ao arrasar a aplicação ortodoxa do complexo
de Édipo ao estudo das origens culturais, encontra sua razão ao
combate que a antropologia moderna, sob o signo do funcionalismo,
moveu contra os "pais" oitocentistas dessa ciência. O determinismo
e o unilateralismo interpretativo de livros como Totem e tabu,
tanto nas fontes quanto na orientação, só poderiam indignar as novas
tendências antropológicas".
É Sérgio Paulo Rouanet quem melhor põe luz nessa
questão quando, elegantemente, procura compreender e ampliar os
arroubos antipsicanálise de Merquior. Em Mal-estar na modernidade
(Companhia das Letras, 1993, págs. 294-303) escreve:
"Que dizer de tanta agressividade? Os que passaram
pela experiência analítica sabem como é difícil discutir com os
que não a viveram. O diálogo acaba sendo um diálogo de surdos, porque
o crítico simplesmente está falando de coisas sobre as quais não
tem um conhecimento direto. Além disso, um fair play mínimo nos
impede de usar intuições que devemos ao processo psicanalítico.
Dizer que a veemência do nosso interlocutor se deve a uma atitude
defensiva, a uma angústia diante da análise, seria provavelmente
verdadeiro mas irrelevante, porque as regras do jogo da argumentação
pública nos proíbem de invocar no debate um saber privilegiado e
incomunicável.
Estaremos em terreno mais seguro se dissermos
que, descartando Freud, Merquior abriu mão de um valiosíssimo aliado
na cruzada iluminista. Freud é o último e o mais radical dos iluministas.
(...) Por ignorar Freud, Merquior privou-se da ajuda desse Voltaire
da alma, e reduziu seu poder de fogo diante dos verdadeiros inimigos
do espírito.
Mas Merquior era tão diabolicamente inteligente
que tinha razão mesmo quando não a tinha. O freudismo não é irracionalista,
e nisso sua crítica estava fora de foco, mas está cercado de irracionalismo
por todos os lados, e por isso essa crítica provocou devastações
saudáveis".
Também Jung foi alvo de sua mirada crítica. Em
resposta ao prof. Meira Penna no JB, no meio dos anos 80,
batia forte:
(...) Ao contrário de Freud, Jung teve uma longa
vivência clínica da loucura, e nessa sua prática terapêutica se
enraíza uma de suas melhores contribuições à teoria psicológica:
a distinção entre introversão e extroversão. Procurando captar a
especificidade do comportamento esquizofrênico, ele supôs que este
consiste numa tentativa, por parte do doente mental, de conferir
sentido à sua experiência, protegendo-se do mundo hostil (é fácil
reconhecer o quanto essa caracterização se aplica como uma luva
às paranóias). Até aí, tudo perfeito. Mas acontece que, ao construir
sua "psico-logia analítica" como visão do mundo, Jung partiu para
uma generalização indébita, descrevendo o homem moderno como alguém
no fundo tão necessitado quanto o esquizofrênico de dar sentido
à sua vida".
* * *
Merquior leu Marx desde a juventude. Sua formação
em estética deve muito à leitu-ra de Lukács, Galvano della Volpi
e outros pensadores de tradição marxista. Mas, com a maturidade,
assim como foi gradativamente perdendo o entusiasmo por Heidegger,
foi aumentando o grau de sua lupa crítica em relação ao marxismo.
Nesse sentido a leitura da obra de Lucio Coletti, que ajudou a trazer
ao Brasil - e que, através de Regina Bilac Pinto, lançou entre nós
- foi decisiva, assim como foi decisivo o contato com a obra do
polonês radicado em Oxford Leszek Kolakowski, em especial o opus
magnum As grandes correntes do marxismo, que considerava uma
síntese crítica definitiva.
As idéias liberais do último Merquior, o ensaísta
que advogava a economia de mercado e as leis do liberalismo clássico;
o Merquior leitor do Rawls da Teoria da Justiça; o que se
encantou por Bobbio, defendendo-o das observações ácidas do inglês
Perry Anderson, o teórico do "Estado Absolutista" e editor da New
Left; o Merquior entusiasta de Raymond Aron (para a edição brasileira
da UnB dos Estudos Políticos deste último, escreveu, diretamente
em francês, uma extensa introdução) cristalizou-se no segundo período
diplomático em Londres. Nomes como Ralf Dahrendorff, Ernst Gellner,
John Hall, Anthony Giddens, Pierre Manent, Harry Levin, Isaiah Berlin,
Arnaldo Momigliano figuravam entre os importantes intelectuais com
os quais mantinha laços de amizade e apreço intelectual.
O livro que melhor apresenta esta tomada de posição
de Merquior me parece ser A natureza do processo (1982),
"a mais orgânica de suas obras" na opinião de Miguel Reale. Foi
escrito à mão, e em parte ditado, em um mês, atendendo a um desafio
do editor Sérgio Lacerda, da Nova Fronteira.
A partir desse momento, o tema liberal não mais
abandona as especulações de Merquior. Em seu último livro, Liberalism
- Old and New (no Brasil, Liberalismo - Antigo e Moderno),
chega a examinar até mesmo as variantes latino-americanas da questão
liberal, tal como elas se apresentaram em pensadores como Sarmiento
e Alberti.
* * *
Nos anos de formação, quando estudava direito
e filosofia mas já colaborava com assiduidade em jornais e revistas
como a Senhor, Merquior teve por professores Dirce Cortês
Riedel e Antonio Gomes Pena. Deu também conferências no ISEB, ali
conhecendo muitos dos melhores intelectuais da época.
Certamente foi nas rodas de cinema do MAM que
ficou amigo de Glauber Rocha. Numa das cartas que localizei e cedi
para a edição das Cartas de Glauber, publicadas pela Companhia
das Letras, Merquior, então em Paris - onde freqüentou por quatro
anos o Seminário de Lévi-Strauss - procura entusiasmar o cineasta
de Deus e o Diabo a filmar a vida de Villegaignon, e lhe
revela que Lévi-Strauss lhe contara alimentar, há muito tempo, o
desejo de um dia escrever um libreto de ópera sobre a vida do pouco
estudado navegador francês. Em outra carta que localizei nos arquivos
de Merquior, Glauber pede sua interferência para arranjar um emprego.
* * *
O desaparecimento prematuro de José Guilherme
Merquior, há 10 anos, privou o país de um crítico cultural cuja
obra se encontrava in progress, e cuja potência analítica
impressiona a todos aqueles que o leram e tiveram a sorte de ouvi-lo.
Como figura humana, Merquior era também especial: prestativo e solidário.
Quem o via esgrimindo em público, ou lia suas muitas diatribes,
não tinha a menor idéia do homem gentil, afetuoso e dado a boas
gargalhadas ("riso erasmiano", como notou Sérgio Paulo Rouanet)
que ele era. Muitos aqui presentes perderam não só um mestre, cuja
obra se lê com prazer, aprendendo, mas também um fraterno amigo.
Merquior faz falta. Muitas vezes, nestes anos
que se passaram desde sua morte, ao me deparar com um novo livro
que sei despertaria o interesse dele, fico a perguntar: o que Merquior
acharia dessa interpretação? Onde estaria seu aplauso ou discordância?
Acho que a mesma sensação já tomou conta de todos nesta mesa, e
de muitos nesse auditório que o conheceram e leram.
Ainda há pouco, ao descobrir um volume dedicado
a Gracián, de quem a Espanha está comemorando os 400 anos de nascimento,
me deparei com um ensaio sobre as leituras que fez Benjamin da obra
do monge de Tarragona enquanto preparava O drama barroco alemão
- que Dr. Rouanet traduziu; imediatamente me veio à cabeça a certeza
de que Merquior se entusiasmaria com a informação. Acho que Eduardo
Portella, a quem dei cópia do volume, também sentiu a presença do
amigo. São muitas as perguntas e as consultas que o destino impossibilitou:
diante do atentado terrorista de 11 de setembro, como o racionalista
Merquior, íntimo de Max Weber e Ernst Gellner, dois teóricos que
estudaram o Islã, reagiria? Como o Merquior que dedicou páginas
tão vivas à questão da legitimidade política e da soberania das
nações veria o desenrolar da atual crise internacional? Como reagiria
à dimensão religiosa que subjaz a este acontecimento, e a muitos
outros, na esfera pública da modernidade, como parece crer um pensador
da dimensão de Habermas, segundo se deduz da longa entrevista dada
recentemente a Eduardo Mandieta, professor de filosofia da Universidade
de São Francisco, e significativamente intitulada "Um diálogo sobre
o divino e o humano?"
Infelizmente a resposta de Merquior a essas e
outras questões terão de ser extraídas do que ele escreveu. Tem
razão Roberto Campos, grande amigo e incentivador da carreira de
Merquior, quando diz que a morte dele foi "mais uma grande tragédia
brasileira".
Era um autêntico e corajoso intelectual. Contrário
à moda atual brasileira de ignorar as críticas, deixando-as sem
resposta para disseminar a impressão de que elas não têm substância,
Merquior não deixava nada sem resposta. É natural que, com essa
postura, algumas vezes tenha criado em suas polêmicas mais calor
do que luz. Ele sabia disso e não se importava, pois tinha convicção
da obra maior que lastreava tais exercícios de pinga-fogo. Não temia
críticas, desde que fossem inteligentes.
Aqui nesta Casa, Merquior votou em Evaristo de
Moraes Filho, e quis ver na ABL o memorialista Pedro Nava. Mas o
bom mineiro declinou do convite. Em 24.05.83, escreveu ao nosso
homenageado dando suas razões:
"Mentalmente e no fundo, mesmo sabendo-a inevitável
e já na sua hora, rejeito a idéia da morte e uma das formas de rejeitá-la
simbolicamente é fugir da glorificação acadêmica. (...) Está aí
presente e me aconselha a ficar quieto o infarto de Guimarães Rosa,
que só se fardou em duas ocasiões: a da posse no transitório e a
ocasião definitiva do tremendo passo que temos de dar para transpor
a distância milimétrica que separa este mundo do nada. E, julgue-me
você maluco ou um supernervoso, a idéia da farda passou a me perseguir
e a não me dar mais momento de tranqüilidade".
Há pouco tempo (23.04.2001) recebi do teórico
da literatura Luiz Costa Lima um e-mail no qual testemunhava:
"José Guilherme foi a primeira pessoa com quem
tive contato pessoal, ao chegar do Recife, cassado em outubro de
1964. Embora soubéssemos, um e outro, que nossa situação era mutuamente
delicada, nunca evitamos nenhuma conversa ou tivemos qualquer atrito.
Lamentavelmente, o país que o repudiava levianamente, sem saber
aproveitar o talento raro que era o seu, continua, apenas com outros
nomes, no mesmo clima de superficialidade. E, assim, eu que durante
muito tempo lamentei que José Guilherme tivesse seguido a carreira
do Itamaraty, vejo que não teríamos intelectualmente ganho mais
com ele caso ele tivesse seguido uma profissão outra".
Resta-nos a consolação dos 21 livros que publicou,
num total de 5.489 páginas, aos quais se juntarão em breve O
outro Ocidente, volume organizado por Hilda Merquior, atualmente
em preparo, no qual se recolhem alguns dos muitos ensaios escritos
para publicações no exterior, quase todos inéditos em português.
A este se unirá a seguir a totalidade do material
publicado nos dois anos de sua colaboração em O Globo, para
onde foi a convite de Roberto Marinho escrever a coluna "A vida
das idéias", que será o título do livro, igualmente em fase de digitação.
Seus primeiros artigos publicados no JB não recolhidos em
Razão do poema já se encontram por mim localizados. Certamente
se editará, um dia, o resultado de suas muitas entrevistas em jornais
e televisão. Uma outra idéia que me tem assaltado é a de reunir
tudo que Merquior escreveu sobre Machado de Assis, de que é exemplo
o capítulo admirável dedicado ao patrono desta Casa em De Anchieta
a Euclides.
Seu último artigo em O Globo chamou-se
"O sentido de 1990". Era um comentário a partir do famoso ensaio
de Francis Fukuyama, e foi publicado a 30 de dezembro daquele ano.
Cito os dois parágrafos iniciais:
No epílogo das cinco estações entre o verão setentrional
de 1989 - a chamada "revolução de 1789" - e o aprofundamento da
crise do Leste europeu, a que se veio somar o conflito do Golfo,
a fermentação política desse inquietante virar-a-década soa como
um desmentido brutal à tese do ex-diretor-adjunto de planejamento
no Departamento de Estado, Francis Fukuyama, sobre "o fim da história".
E que desmentido, se considerar a presunção profética
desse harvardiano transformado em tecnocrata das relações internacionais!
A história continua quente, nem há dúvida - quente, explosiva e
imprevisível. Em vez de assistirmos ao seu fim, o que estamos é
testemunhando a agonia do historicismo: a morte - já vai
tarde! - das arrogantes teorias de uma lógica da história".
Merquior não teve tempo de escrever memórias,
mas vez por outra encontro em seus escritos momentos assim, liricamente
confessionais, como este "Afonso Arinos, o último patrício" (O Globo,
09.09.1990):
"Um dia, lá se vão vários anos, no solar da Rua
Dona Mariana, com a meiga, tácita aprovação de Dona Annah, sua esposa
e companheira de toda a vida, Mestre Arinos decidiu me presentear
com uma foto histórica: o instantâneo de sua passagem do cargo de
ministro das Relações Exteriores a seu velho amigo San Thiago Dantas.
Guardo com o maior carinho esse emblema da nossa
aristocracia política. Arinos e San Thiago sorriem um para o outro
na serena alegria de uma cumplicidade patriótica, acima e além de
tudo quanto a política possa conter de mesquinho. Quando é que esse
escol servirá de escola entre nós?
Os liberais da era Afonso Arinos eram juristas
e tribunos como ele; os de hoje são sociólogos e economistas, raça
que ele, discreta e algo preconceituosamente, tendia a desprezar.
Não importa: a política da liberdade não precisa só de lucidez econômica.
Precisa também de inspiração humanística como a que nós íamos tantas
vezes beber, entre livros e pássaros, no seu velho casarão de Botafogo,
no convívio inigualável de Afonso Arinos, nosso último patrício".
A justa homenagem que a Academia Brasileira de
Letras presta neste momento àquele de quem Raymond Aron afirmou
ter lido tudo documenta o quanto a instituição tem sabido manter
viva a imagem dos que tiveram a glória de a ela pertencer.
Como amigo e editor de José Guilherme Merquior,
agradeço ao autor de A ontologia axiológica de Louis Lavelle,
prof. Tarcísio Padilha, o convite para participar. Quero agradecer
também ao coordenador desta mesa, o acadêmico Sérgio Paulo Rouanet,
e aos demais palestrantes, assim como à audiência, que teve a gentileza
de me ouvir. Muito obrigado.
LIVROS PUBLICADOS POR JOSÉ GUILHERME MERQUIOR
1. Razão do poema - Ensaios de crítica e de estética,
1965 (247 págs.)
2. Arte e sociedade em Marcuse, Adorno e Benjamin - Ensaio crítico
sobre a escola neohegeliana de Frankfurt, 1969 (311 págs.)
3. A astúcia da mímese - Ensaios sobre lírica, 1972 (227 págs.)
4. Saudades do Carnaval - Introdução à crise da cultura, 1972 (283
págs.)
5. Formalismo e tradição moderna - O problema da arte na crise da
cultura, 1974. (332 págs.)
6. Verso universo em Drummond, 1975 (261 págs.)
7. O estruturalismo dos pobres e outras questões, 1975 (87 págs.)
8. A estética de Lévi-Strauss, 1975 (114 págs.)
9. De Anchieta a Euclides: breve história da literatura brasileira
I, 1977 (313 págs.)
10. O fantasma romântico e outros ensaios, 1980 (167 págs.)
11. As idéias e as formas, 1981 (347 págs.)
12. A natureza do processo, 1982 (217 págs.)
13. O argumento liberal, 1983 (260 págs.)
14. O elixir do apocalipse, 1983
15. Michel Foucault ou o niilismo de cátedra, 1985 (277 págs.)
16. O marxismo ocidental, 1986 (323 págs.)
17. Crítica, 1964-1989 - Ensaios sobre arte e literatura, 1990 (454
págs)
18. Rousseau e Weber - Dois estudos sobre a teoria da legitimidade,
1990 (305 págs.)
19. De Praga a Paris - Uma crítica do estruturalismo e do pensamento
pós-estruturalista, 1991 (334 págs.)
20. O liberalismo antigo e moderno, 1991 (260 págs.)
21. O véu e a máscara - ensaios sobre cultura e ideologia, 1997
(160 págs.)
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